Bebé Salvego tem na mente centenas de standards de jazz. Quando era criança impressionou geral em apresentações na televisão com seu repertório extremamente sofisticado para uma criança - fora a voz, absurda. Pesquisa pelo nome dela + Jô Soares ou + The Voice Kids.
Com sua estreia solo e autoral em 2021, com o álbum que leva seu nome, “Bebé”, ela se reapresentou para o mundo. O jazz ficou na intenção, a sonoridade foi para um pop adulto contemporâneo - R&B, música eletrônica, experimentalismos. Qual seria o segundo passo nessa nova trajetória?
“Salve-se” chega com Bebé de ponta cabeça na capa. A inversão de perspectiva também se apresenta musicalmente e liricamente. Bebé se aproxima do funk, do rap - mais dinâmica, mais volume, mais potência sonora enquanto as letras ficam mais confessionais e abertas. Tem relacionamento, sexo, corpo e nóia, lógico. É o começo da vida adulta. Ficamos mais perto de Bebé e essa aproximação muda tudo. Ficamos íntimos da artista.
Intimidade que insere novas nuances a sua complexidade e a maturidade já postas. Nuances que estão, por exemplo, nas discotecagens que ela faz com a alcunha de Salvegod, sua persona DJ/produtora, onde mistura Sun Ra com Cassiano. hah, os gambé não guenta. É por aí.
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